Embora os bebés costumem ser muito carregados pelas suas mães na maior parte do mundo, há muitos outros que passam muitas horas do dia e da noite sozinhos, em incubadoras, berços ou cadeirinhas com pouco contacto físico. Biologicamente não estamos preparados para isto. Uma mãe e o seu bebé estão fortemente predispostos a continuar com a unidade após o nascimento.
O bebé humano é um mamífero que nasce muito imaturo, não consegue afastar-se do perigo e não pode usar palavras para comunicar as suas necessidades. E embora o nascimento possa ser visto como uma separação, os bebés precisam de ser mantidos em contacto com os corpos das suas mães. Esta relação simbiótica entre mãe e bebé está naturalmente desenhada para ser ainda mais intensa depois do nascimento do que era durante a gestação (Montagu, 1988, 75).
A palavra gestação vem do latim “gestatio“ que significa levar, transportar. No ventre materno todas as necessidades do bebé são automaticamente satisfeitas: a temperatura, alimentação, movimentos e sons são constantes. O bebé só começa a gatinhar, sentar-se e a demonstrar uma certa independência motora em média a partir dos 9 meses (uns começam antes e outros depois).
Não é apenas uma questão sentimental, é uma questão com um impacto profundo sobre o desenvolvimento físico, emocional e psicológico da criança. Quando nasce, o bebé necessita de respirar por si mesmo, absorver oxigénio e nutrientes para o seu corpo, ajustar o seu sistema gastrointestinal à nova função da ingestão, digestão e eliminação. O bebé vai usar o seu sistema nervoso para obter informação sobre o meio ambiente e o seu lugar nele. E é a presença física que ajuda o desenvolvimento e regulação dos sistemas do bebé. No contacto com o corpo da mãe o bebé regula a sua respiração, o ritmo cardíaco, alimentação, digestão e sono. O corpo da mãe regula e activa os sistemas do bebé e vice-versa.
Como satisfazer as necessidades do bebé sem deixar as minhas necessidades insatisfeitas?
O babywearing é uma maneira eficaz e saudável de satisfazer as necessidades do bebé e reproduzir o ambiente que tinha dentro da barriga da mãe.
O uso de um porta-bebés ajuda a integrar o seu bebé na vida diária enquanto estão tranquilos, felizes e em contacto. É possível realizar outras tarefas, interagir com o bebé, amamentar com frequência, atender os filhos mais velhos, dançar, passear, ir as compras…aumentando assim o seu bem-estar e confiança.
Existem muitos tipos de porta-bebés no mercado, sendo por vezes necessário experimentar alguns antes de encontrar aquele que melhor se adapta às suas necessidades e às do seu bebé.
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#damecolinho
Fontes :
- https://redcanguro.wordpress.com
- Besame Mucho (Carlos Gonzalez)
- http://www.euqueriaterumdom.com.br/
- The Continuum Concept (Jean Leidloff)