Na Antiguidade, as Mulheres faziam rituais de fertilidade, entregavam oferendas e dançavam. Na época, a Mulher era considerada sagrada! Era respeitada e abençoada, devido à sua capacidade de gerar vida, tal como a Mãe Terra. Em muitos desses rituais, as sacerdotisas dançavam criando ondulações com os seus ventres desnudos. Essa era a forma de garantir prosperidade e fertilidade para a terra e para as mulheres.
Essa ligação íntima da mulher ao arquétipo da grande Deusa Mãe está diretamente relacionada com a fertilidade, com a concepção, a gestação, o parto e, igualmente, com os cuidados maternais.
Muitos dos movimentos que agora fazem parte da Dança do Ventre eram passados de mulher para mulher, com o objetivo de as auxiliar durante o parto, inclusive no momento de expulsão. Aliás, hoje em dia, alguns desses movimentos são ensinados nas aulas de preparação para o parto, pelo menos em Portugal.
Os movimentos base da Dança Oriental são comuns às mulheres de diversas culturas que, devido à sua experiência e conhecimento dos seus corpos, sabiam o que ajudava a aliviar as dores do trabalho de parto e o próprio momento da expulsão.
A dança do ventre relembra-nos a nossa capacidade de gerar vida; é o nosso resgate do sagrado feminino. Cabe-nos desvendar a nossa essência e levá-la aos ventres de todas as Mulheres.